sexta-feira, 30 de março de 2012

Toots and The Maytals

Era o começo da década 1960. Nos Estados Unidos, Elvis Presley ajudava a esculpir o Rock N' Roll e recebia o título de rei. Na Inglaterra, súditos da rainha se encantavam com quatro jovens de Liverpool. Em terras brasilis, a MPB de Milton Nascimento e Elis Regina dividia a cena com a Jovem Guarda de Roberto e Erasmo. Na Jamaica, Fredderick "Toots" Hibbert cantava suas músicas em pequenos bairros de Kingston e criava o Reggae.

Mais de cinquenta anos depois, Toots and the Maytals se apresentam na casa de shows Brooklyn Bowl, em Nova York. 

Com muita humildade e energia, a banda tocou diversos clássicos do "Early Reggae". O primeiro hit foi "Pressure Drop".



Pomp and the Pride


Qual é essa?

E "Monkey Man" para encerrar.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Você Sabe Dançar?

Na balada, teus amigos te chamam de Lord of the Dance. Na aula de salsa, todos querem ser o seu par. No funk, você desce até o chão. Quando tocam Macarena, você lidera o grupo. E no Rebolation, não há ninguém que te supere.

Logo, você acha que sabe dançar.

Grande erro. Antes de sair por aí contando vantagem, conheça Marquese Scott (nome artístico: Nonstop). Ele é um dos três integrantes do grupo RemoteKontrol e vai lhe mostrar porque você NÃO sabe dançar.


FOSTER THE PEOPLE - PUMPED UP KICKS (Versão Dubstep)





REMOTE KONTROL - CRAVE YOU (Versão Dubstep)



Para ver o canal do RemoteKontrol no Youtube, clique aqui.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Titio Sam de Cara Nova

Hey, what’ s up?

Titio Sam ficou mais velho e ganhou cara nova.

Graças ao meu grande amigo Eduardo - dono de um dos melhores blogs sobre bandas alternativas, o IN Lost Sides – agora há uma miniatura do Titio na barra onde você digita o endereço do blog. Não viu? Olha pra cima. Canto esquerdo. Bem no comecinho. Isso!

Além disso, o Titio passa a receber todos os sobrinhos com a belíssima imagem dos skyscrapers de Nova York e o gigante Empire Estate Building; do lado direito da página, você pode deixar seu email (Follow by Email) e receber em primeira mão o que rola por aqui; caso queira, também é possível se tornar um seguidor e ganhar incríveis prêmios imaginários (não há sorteio!).

Estas são as novidades do Titio. Sugestões são aceitas, mas não necessariamente acatadas. Ouvidas, sim. Para entrar em contato é só me encontrar no Facebook. O link direto pro perfil está aqui. Sorry, Titio odeia receber spams. No e-mail. 

Cheers! 

sexta-feira, 16 de março de 2012

Onde Comprar Eletrônicos em Nova York?

Muitos amigos, desconhecidos e brasileiros anônimos têm me pedido indicações de lojas para comprar aparelhos eletrônicos em Nova York. Gotham City oferece mais de milhares de opções e é natural ficar em dúvida. Assim sendo, Titio Sam preparou um breve guia para ajudar seus sobrinhos a não entrarem numa furada.

Nunca, nunca e nunca compre aparelhos eletrônicos em lojas de rua, ou pequenos comércios que vendem malas de viagem, camisetas I Love NY, e também laptops por 50 dólares e iphones 4S por meros 10 Jacksons. Muitos lojistas aproveitam o grande fluxo de turistas vindos do exterior para vender aparelhos com defeito. Conheço dezenas de pessoas que só descobriram a sacanagem quando voltaram para casa. Não caia nessa.

A Mecca dos eletrônicos é, sem dúvida alguma, a megastore da B&H. A gigante fica localizada na 9a avenida e entre as ruas 33 e 34 - apenas algumas quadras do Empire State Building. A B&H tem a maior variedade em câmeras fotográficas e filmadoras que eu já vi, mas seu acervo vai muito mais além. A loja vende também computadores, produtos da Apple e equipamentos de áudio. O dono da empresa e a maioria dos funcionários são judeus, por isso não há expediente às sextas-feiras, após às 2 da tarde, e aos sábados. Shabbat! Detalhe importante: muitos atendentes falam português e você pode deixar para conjugar o verbo to be em outro lugar.


Outras lojas de confiança são a Best Buy e a JR. Ambas estão espalhadas por toda a cidade e o Google pode ajudar a encontrá-las rapidinho. A Best Buy conta com grande variedade de Cds, Dvds e Blu-rays; além de aparelhos como secadores de cabelo e máquinas de barbear. Agora se você pensa em voltar pra casa com uma guitarra, ou um teclado, a JR é o go-to place.

Quanto aos fanáticos por Apple, o melhor destino é, curiosamente, a loja da Apple. Simples assim. Aos que estão distantes, sugiro os websites Amazon e eBay.  

Titio fica por aqui e espera ter ajudado. Bom final de semana. See you soon.

sexta-feira, 9 de março de 2012

A reportagem que a revista Vogue não quer que você leia


A reportagem abaixo foi escrita especialmente para a revista Caros Amigos. O link da publicação online está aqui.


Em março de 2011, a versão em inglês da revista de moda Vogue trouxe às bancas uma edição especial. Diante de um horizonte levemente alaranjado e a belíssima arquitetura da cidade de Damasco, Asma Al-Assad lança um olhar reflexivo em direção ao norte. Acima da pomposa imagem vem o título A Rose in the Desert (Uma Rosa no Deserto). A publicação chegava poucos dias antes da explosão de violência na Síria, que já deixou mais de 7,5 mil mortos, e é comandada pelo presidente Bashar Al-Assad – esposo da intitulada flor.

Desde que os conflitos tomaram contam dos noticiários internacionais, a Vogue correu para retirar a reportagem do ar. Internautas que tentam acessar a página na internet são recebidos com a mensagem Oops, the page you’re looking for can not be found (Ops, a página que você está procurando não pode ser encontrada). Em ferramentas de pesquisa, como o Google, o desafio para encontrar a publicação é imenso. No mercado negro, ela é considerada artigo de luxo e custa caro.


Mas nem tudo são espinhos. Graças a admiração que Bashar Al-Assad ainda consegue exercer em alguns de seus apoiadores é possível ler o adocicado perfil da primeira-dama de Damasco e, por tabela, aprender sobre o homem que governa a ferro e fogo o país árabe. Simpatizante do atual regime sírio, o linguista Mohamad Abdo Al-Ibrahim disponibiliza o texto, original e em inglês, em seu website

Segundo o jornal The Hill, especializado em cobrir o congresso norte-americano, o governo de Damasco pagou a empresa de relações públicas Brown Lloyd James para ajudar a orquestrar a reportagem. A Vogue não comenta o assunto e prefere apagar qualquer vestígio que ligue a revista à família Al-Assad.

Pra não dizer que não falei das flores, traduzo abaixo as passagens mais interessantes que encontrei.

1. Asma Al-Assad sobre palestras que ministra a jovens em centros de educação comunitária. Tema: participação cívica.

O principal objetivo de Asma Al-Assad, 35 anos, é mudar a mentalidade de seis milhões de Sírios menores de 18 anos e encorajá-los para se envolver no que ela chama de “cidadania participativa”. “A ideia é fazer todo mundo participar responsavelmente do processo de melhorar o país, é desenvolver a sociedade civil. Todos nós temos participação aqui e o país se transformará naquilo que fizermos agora”, diz a primeira-dama.


2. Bashar Al-Assad explica porque decidiu estudar cirurgia ocular quando jovem. Curiosamente, o presidente lista três razões bem diferentes do que tem vivenciado desde o início das manifestações oposicionistas.
“Porque isto é muito preciso, quase nunca uma emergência e há muito pouco sangue”.


3. A primeira-dama defende valores democráticos e diz adotá-los em casa.

Asma Al-Assad esvazia uma caixa de fondue dentro de uma panela para preparar o almoço. A casa é governada por fortes princípios democráticos. “Nós todos votamos no que queremos e quando”, diz ela. O lustre acima da mesa de jantar é feito de recortes de histórias em quadrinhos. Eles (os três filhos do casal) votaram a favor e nós dois (Bashar Al-Assad e Asma Al-Assad) contra”.


4. Bashar Al-Assad apóia a separação de estado e religião e se mostra solidário a refugiados.

Nenhum de nós acredita em caridade em prol de caridade. “Nós temos refugiados Iraquianos aqui (Síria)’, diz o presidente. “Todos falam sobre isso como um problema político, ou caridade. Eu digo que isto não é nenhum dos dois – isto é uma questão de cultura, filosofia. Nós temos que ajuda-los. Por isso, a primeira coisa que fiz foi permitir o acesso de iraquianos a escolas. Se eles não tiverem acesso a educação, eles irão embora como bombas, em todos os sentidos: terrorismo, extremismo, drogas, crime. Se eu tiver um vizinho laico e equilibrado, eu estarei seguro’”.


5.  Asma Al-Assad relembra a visita de Angelina Jolie e diz que se sente segura na Síria.

Quando Angelina Jolie veio com Brad Pitt representando as Nações Unidas em 2009, ela estava impressionada pelos esforços da primeira-dama em promover a integração de refugiados iraquianos e palestinos, mas também assustada com a ideia do presidente Assad sobre sua segurança pessoal.

“Meu marido estava dirigindo e nos levando para almoçar”, lembra Asma Al-Assad, “e eu percebi pelo canto do olho que Brad Pitt estava se remexendo no banco de trás. Eu virei e perguntei: ‘Alguma coisa errada?’”

“Onde estão seus seguranças?”, ele perguntou.
“Então eu comecei a provocá-lo – ‘Você vê aquela senhora idosa na rua? Ela é um dos nossos seguranças! Aquele homem atravessando a rua é outro!’. E todos caímos na risada”.
O presidente finalizou a brincadeira: “Brad Pitt queria mandar os seguranças particulares dele para vir aqui e passar por treinamento!”.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Garoto de Programa

Aqui nos Estados Unidos, a celebração do Dia Internacional da Mulher tem sabor de revolta. Americanas não poderiam ter recebido presente pior do que os comentários de Rush Limbaugh, dono do programa de rádio de maior audiência no país. Mr. Limbaugh - conservador de carteirinha e conhecido por causar polêmica com suas opiniões infelizes, parece, desta vez, ter passado dos limites. Na última semana, o jornalista chamou uma estudante de Direito de “prostituta” e “puta”, após ela defender, durante sessão no congresso norte-americano, a inclusão obrigatória de pílulas anticoncepcionais na cobertura de planos de saúde.

A declaração inundou as redes sociais e mobilizou internautas numa campanha contra o “The Rush Limbaugh Show”. Usuários de Facebook, Twitter e Google +, começaram a sugerir em suas páginas que amigos e conhecidos escrevessem para anunciantes e pedissem que eles retirassem do ar os comerciais. O resultado, até agora, tem dado certo. Mais de 45 empresas abandonaram o talk show e Mr. Limbaugh foi obrigado a se desculpar pelo que chamou de “tentativa frustrada de ser engraçado”.

Apesar disso, o comentarista garante que o “mal-entendido foi resolvido” e que o prejuízo causado pela saída de “alguns patrocinadores não destruiu a rentabilidade do show”. No mundo do www, porém, internautas estão decididos a seguir com a campanha e pressionam também pela demissão do radialista. Se tudo ocorrer como eles querem, Mr. Limbaugh pode ser obrigado a parar de fazer programa.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Quarta de Cinzas

Depois da Super Tuesday – importante dia para as primárias republicanas, onde eleitores do partido vão as urnas em 10 estados para escolher o candidato que deve enfrentar Barack Obama em novembro – vem a Quarta-feira de Cinzas. Ou, ao menos, deveria vir. Isto porque o resultado das urnas deixa claro que dos quatro candidatos que ainda disputam a nomeação pelo Partido Republicano, dois estão fora do páreo: Newt Gingrich e Ron Paul. O problema é que eles insistem em continuar na disputa, que deveria envolver, daqui pra frente, somente Mitt Romney e Rick Santorum.

New Gingrich teve um pequeno triunfo na noite de ontem ao vencer na Georgia, mas qual a verdadeira dimensão da conquista? Quase nenhuma. Gingrich representou o estado no congresso norte-americano por 20 anos e a vitória era dada como certa pela maioria dos cientistas políticos. Para o ex-presidente da Câmara dos Representantes, a primária na Georgia serviu apenas como um referendo sobre sua popularidade por lá. Nada mais. Gingrich deve somar ainda bons resultados em outros estados sulistas, como Alabama e Missisipi – que vão as urnas na próxima terça-feira. A estratégia é fortalecer sua imagem e aumentar seu poder de barganha para o dia em que Romney e Santorum baterem à sua porta.

Ron Paul, representante pelo estado do Texas, colecionou uma série de fiascos e voltou para casa como o grande perdedor. O republicano e defensor do Movimento Libertário era apontado como o favorito em North Dakota. O resultado, porém, mostrou-se diferente das previsões. Ron Paul conseguiu apenas 28% dos votos, enquanto o vitorioso Rick Santorum abocanhou 40%. Nem em Virgínia, onde disputou votos apenas com Mitt Rommney – Santorum e Gingrich não se classificaram para disputar primárias no estado – o congressista conseguiu vencer.

Rick Santorum encontrou boas razões para comemorar, mas não suficientes para justificar os discursos otimistas que tem dado nas últimas horas. O ex-senador pela Pensilvânia contou com o apoio de grupos religiosos evangélicos para vencer em Oklahoma, Tennessee e North Dakota. Parte da comunidade evangélica ainda enxerga com suspeita Mitt Romney - mórmom e frequentador da Igreja Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Em programas de rádio e televisão mais radicais, é comum a presença de pastores e líderes religiosos questionando se mórmons são, de fato, cristãos.

Santorum também ganhou suporte dos republicanos mais conservadores e deve seguir com a mesma estratégia que colocou a ex-governadora do Alasca, Sarah Palin, no mapa político em 2008: defender valores morais fortemente atrelados a princípios religiosos. Recentemente, durante um polêmico debate sobre a inclusão de anticoncepcionais na cobertura de planos de saúde, Santorum foi categórico: “Acho que eles nem deveriam existir. Não acho que homens e mulheres deveriam brincar de Deus”. A frase conquistou corações na linha mais radical do partido republicano e grande apreço entre certos grupos religiosos.

Mitt Romney venceu em metade dos estados: Idaho, Ohio, Vermont, Virgina e Massachusetts, onde foi governador entre 2003 e 2007. Com isso, o candidato mais moderado entre todos pavimenta o caminho rumo a - quase certa - nomeação. Digo quase certa porque Romney tem um grande adversário pela frente: ele mesmo. O business man ainda não descobriu uma maneira de atrair a simpatia da classe média norte-americana.

Em coletivas de imprensa e programas do tipo talk-show, Romney fala mais do que deve e algumas vezes acaba por destacar demais sua formidável conta bancária. Em tempos de desemprego e crise econômica, alguém com o discurso do Mercado Financeiro não é o típico candidato que atrai pais e mães de família que vivem nos subúrbios e sofrem para pagar a hipoteca da casa e mandar os filhos para a universidade. Quando aprender – e se aprender – a estabelecer uma relação de confiança mútua com a classe trabalhadora, Rommney perceberá que Santorum é só mais um aspirante a celebridade (e quem sabe um programa de tevê, certo Ms. Palin?). Enquanto isso, a novela continua.